Na noite em que António Costa ganhou um novo fôlego para o resto da campanha, Sócrates decidiu dar um
jantar a alguns dos seus amigos, enquanto assistiam ao debate. A imagem do
grupo à volta da mesa está hoje estampada nalguns jornais, desta vez, não por
culpa do jornalismo ridículo que se preocupa com as pizzas que o antigo Primeiro-ministro
manda vir para jantar, uma vez que não consta na lista de comensais qualquer
jornalista.
Sócrates tem
todo o direito de dar os jantares que quiser e de jantar com quem bem entender.
Há contudo, uma manifesta falta de pudor em deixar vir uma fotografia destas
parar à imprensa e ao rastilho das redes sociais. Será pólvora nas mãos dos
adversários de António Costa.
O recato nunca
fez mal a ninguém, principalmente a quem se encontra nas suas circunstâncias. Não
se pode ao mesmo tempo criticar o show
mediático que gravita à volta do seu processo, sem coincidências, provocado e
aproveitado por agentes políticos e judicias e ao mesmo tempo contribuir-se
para que o show continue.
Há muita gente a abrir garrafas de champanhe por António Costa ter vencido o debate a Passos Coelho. Mas essa vitória, vale o que vale. Tem apenas um efeito mobilizador para o resto da campanha eleitoral. Não significa que as eleições estejam ganhas. Tudo está em aberto, na minha opinião. Cautela e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém, não vá alguém a 4 de Outubro ter que colocar a rolha no champanhe.
Há muita gente a abrir garrafas de champanhe por António Costa ter vencido o debate a Passos Coelho. Mas essa vitória, vale o que vale. Tem apenas um efeito mobilizador para o resto da campanha eleitoral. Não significa que as eleições estejam ganhas. Tudo está em aberto, na minha opinião. Cautela e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém, não vá alguém a 4 de Outubro ter que colocar a rolha no champanhe.