sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Assim vai o mundo

A queda final de Muammar Khadafi, espera-se que represente o fim de uma era marcada pela tirania e pela ditadura do Coronel, abrindo um novo caminho de esperança ao martirizado povo Líbio. Depois de Ben Ali na Tunísia e de Mubarak no Egipto, o povo líbio colocou fim à Jamahiriya Árabe Líbia, a revolução verde que rebaptizou a Líbia em 1977, oito anos após o golpe militar que depôs o Rei Idris e levou o Coronel ao poder, com apenas 27 anos.

As revoluções que se têm vivido no Norte de África deveriam constituir-se como um sério aviso aos restantes ditadores, que de forma ignóbil e verdadeiramente bárbara, exploram o povo, através de ditaduras militares opressoras.

São estes senhores os verdadeiros culpados da fome, da miséria e do subdesenvolvimento do Continente Africano. A NATO, a comunidade internacional, que se vire agora para estados onde não há petróleo nem gás, mas há fome, miséria, tortura e barbárie, sedimentadas pelo feudalismo destes senhores que têm destruído África.

Era escusada tanta violência e barbaridade no final. Não se constrói uma democracia com um início destes. Ainda há um longo caminho a percorrer. A diferença entre a forma como o ditador Líbio foi morto e uma fogueira inquisitorial é muito ténue. É o mundo em que sempre vivemos.

Esta semana, uma bebé Chinesa foi atropelada duas vezes. Num vídeo que chocou o mundo, vê-se a criança a ser atropelada uma primeira vez por uma carrinha, ficando caída no chão, com vários transeuntes a passar como se nada de anormal tivesse acontecido. A menina, que já sucumbia no chão, foi ainda atropelada uma segunda vez por outro veículo. Segundo a imprensa internacional, o acidente foi presenciado por vários transeuntes que continuaram na sua vida, sem prestar qualquer auxílio à menina de apenas dois anos.

O mundo em que vivemos, está desregulado, sem ordem, sem valores nem princípios. Todos corremos em busca de algo, supostamente algo que nos traga mais felicidade. O dinheiro, o consumismo, o viver de e com o acessório, mergulhados na ilusão do material, esquecendo porém, o essencial da vida.

Qualquer dia não temos tempo para respirar. Já não temos tempo para observar, nem para pensar. É o mundo em que vivemos! A China já não vive!